Quando não economizar

Este é o artigo que não queríamos ter experiência para escrever, mas como nem tudo é perfeito nessa vida de viajantes…

Este é o artigo que não queríamos ter experiência para escrever, mas como nem tudo é perfeito nessa vida de viajantes…

Há 2 anos fizemos um tour pela Europa e na busca por mais (muito mais) economia, tivemos a ESPERTEZA (só que não) de comprar as passagens de formas separadas.
Para ir fomos de voo nacional até o Rio de Janeiro, chegando lá (com boa antecedência) embarcamos no voo Rio > Madrid. Para voltarmos viemos internacional do Porto com desembarque também no Rio, para por fim pegar outro voo nacional Rio > Foz.

A economia seria de quase R$ 1000,00 (ah quem dera!)
Fomos bem alegrinhos, cada um com uma mala com menos de 23 kg (levamos o mínimo para trazermos o máximo kkkk).

Vamos à novela

IDA: Para ir chegamos ao Rio na hora certa, fomos tranquilos porque tínhamos quase 8 horas para o embarque internacional.
Viagem maravilhosa, tudo certo, milhares de km rodados entre carro, aviões e trens, muitas comprinhas baratinhas de coisas que aqui custariam os olhos da cara: vinhos, chocolates, azeites, calçados e até panelas (panelas lindas!), por “sorte” não compramos roupas porque já estava no fim das promoções.

VOLTA: (agora o bicho pega): Voltamos pelo Porto, com conexão de 12 horas em Amsterdã, onde compramos (nããããooo) mais umas coisas no mercado maravilhoso do aeroporto.

Chegamos ao Rio, bem felizes, com 3 horas de antecedência. Pegamos nossas malas e fomos devagar e sempre (pensávamos que tínhamos todo o tempo do mundo) para o check in do voo nacional para voltar pra Foz.

Faltando uma hora para o embarque chegamos no balcão para despachar as malas e adivinhem… estávamos com mais de 25 kg de excesso de bagagem!! Mas como assim??? Sim, os espertos que já tinham viajado uma porção de vezes dentro do Brasil confundiram as regras das bagagens: voos nacionais tinham direito a 1 (UMA, UMA UMA) mala de até 23 kg por pessoa (que na época era inclusa na passagem) e não 2 (NÃO DUAS) malas…

Nos informaram que o preço por kg extra custaria R$ 28,00 e que o total daria mais de R$ 700,00.

Pensamos “não e não, compramos tudo isso por preços tão baratos, não compensa mesmo pagar esse valor”

O que as inteligências fizeram? Saíram da fila (ahh não) e foram destrinchar as malas, ver o que tinha sido muito barato pra DAR (dar???) para alguém no aeroporto.

Tiramos os vinhos, a mostarda holandesa, umas roupas usadas (isso sim), nossas panelas (não não, devolve as panelas aqui)… no fim pesamos e tiramos mais de 10 kg das nossas comprinhas lindas e demos tudo pra uma senhora da limpeza (espero que ela tenha sabido apreciar os vinhos espanhóis)…

Pensa que acabou a série de espertezas? Não mesmo!
Voltamos correndo e bem tristes para o balcão pra despachar as malas e o atendente disse:

Vocês ainda não foram? Até dá tempo de vocês embarcarem, mas se for sem as malas porque o despache já fechou.

O mundo desabou. Estávamos há mais de 24 horas entre voos e aeroportos, cansadíssimos e perdemos o avião pra casa. Thiago teria uma entrevista de emprego no dia seguinte.

Ligamos pra empresa de ônibus, só teria passagem para o dia seguinte, e o trajeto simplesmente era de 24 horas até Foz.
Outro voo só no próximo dia.
A solução foi gastar quase todos nossos pontos Multiplus num voo que sairia na tarde do dia seguinte.

Depois começamos a mandar mensagens para nossos amigos que moravam no Rio (quase implorando por uma cama quentinha).
Uma grande amiga nos respondeu e partimos pra casa dela (obrigada, obrigada), que aliás ficou bem indignada porque podíamos ter dado nossos pertences importados pra ela.

Pensa que acabou?? Ainda tínhamos vários quilos extras para despachar.
No dia seguinte fomos ao correio ver quanto custaria enviar nossas coisas e era muito caro.

Ligamos pras empresas de transporte rodoviário, também tudo muito caro.
Por fim descobrimos que a Gollog cobraria R$ 9,00 por kg e lá fomos nós, despachar 14 kg de roupas (usadas) e panelas.

Fim (finalmente) da história e resultado:

  • Prejuízo por pagar duas passagens aéreas em cima da hora;
  • Prejuízo pegando 3 uber’s
  • Prejuízo com tempo perdido
  • Prejuízo com nossas compras doadas no aeroporto (o mais triste).

É isso aí, na busca por economia podemos errar ba$tante, fiquem atentos e não façam como nós!!

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