Rota Cervejeira na Região Serrana do Rio

Eu, como homebrewer, além de apreciador de uma boa e velha cerveja artesanal, não pude deixar de conhecer as cervejarias da região serrana do Rio de Janeiro

Eu, como homebrewer, além de apreciador de uma boa e velha cerveja artesanal, não pude deixar de conhecer as cervejarias da região serrana do Rio de Janeiro

Eu, como homebrewer, além de apreciador de uma boa e velha cerveja artesanal, não pude deixar de conhecer as cervejarias da região serrana do Rio de Janeiro assim que descobri que existe uma rota cervejeira, passando por várias cidades, entre elas: Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Santa Maria Madalena.

Esse tour etílico conta com mais de 70 bares, restaurantes, museu e cervejarias com mais de 60 estilos de cervejas para todos os gostos, e a sede foi tanta que fizemos essa rota mais de uma vez!

Rota cervejeira

Chegando no Rio, pelo aeroporto Galeão, nossa primeira parada foi na cidade de Petrópolis, após percorrer o trajeto pela linda região da Serra Verde Imperial (são apenas 60 km). Dica: Para quem estiver de carro (e com tempo), aconselho que se hospede em cada uma das cidades que fazem parte da rota cervejeira.

Petrópolis é uma cidade bonita, com vários atrativos turísticos, principalmente no centro Imperial. Para aproveitar dá para ficar até umas 2 noites, porém 1 noite já pode ser suficiente. Tire o 1° dia para conhecer a linda cervejaria Bohemia, que está situada na antiga instalação da primeira cervejaria do Brasil, fundada em 1853. Logo na entrada existe um bar com praticamente todos os rótulos servidos em chope, além de várias opções de acompanhamentos no menu.

O local é bem requintando e aconchegante, nos feriados prolongados a procura é grande. Ao lado do bar está a fábrica original e o centro de recepção de visitantes, com bilheteria para o tour no museu da cervejaria. Os ingressos na data dessa publicação estão custando R$ 36,00 inteira / meia-entrada R$18,00 (mais informações sobre valores clique aqui). 

O Centro de Experiência cervejeira é dividido em 20 ambientes, sendo o maior do tipo na América Latina, e funciona como uma espécie de museu da cerveja. Todo o trajeto é acompanhado por guias que explicam cada etapa da produção, e há também telas interativas no percurso.

Em certas etapas da visita são apresentados alguns rótulos para degustação e no final todos os rótulos são servidos novamente. Realmente o turista sai satisfeito com as degustações oferecidas. Para quem não toma bebida alcoólica é oferecido água mineral.

E caso não beba, você deve estar se perguntando se vale a pena fazer a visita sem poder beber? E a resposta é que com certeza vale, pois a experiência de conhecer todo processo da fabricação da cerveja e a história da primeira cervejaria do Brasil é bastante interessante.  Continuando o passeio pela cidade, indico experimentar um jantar harmonizado na cervejaria Buda Beer.

Lá provamos as deliciosas costelinhas ao barbecue e hamburguers artesanais, que harmonizam bem com uma APA ou IPA para limpar o palato. O bar/restaurante é anexo à cervejaria, que tem toda sua fachada em vidro, sendo possível ver as “belezinhas” fermentando. No dia seguinte fomos aproveitar a cidade e conhecer o Museu Imperial e o Palácio de Cristal, e justamente nesse local estava ocorrendo um festival de cerveja, com micro cervejarias e foodtruck’s. Realmente a cidade respira cerveja, pois até na frente de nosso hotel havia uma Kombi, com várias torneiras de puras e maravilhosas cervejas caseiras 😀 Provei uma NEIPA, com lúpulo Galaxy, extremamente suculenta!

Continuando a rota, vamos à Teresópolis, subindo a estrada pela serra, beirando o Parque Nacional Serra dos Órgãos. A vista no trajeto de 54 km é magnifica! Existem alguns mirantes pelo caminho e vale a pena uma parada para as fotos.

Em Teresópolis encontramos uma das atrações mais charmosas da rota: a Vila St. Gallen, que pertence à Cervejaria Therezópolis, um espaço em estilo alemão que abriga restaurantes, café, bar e até um biergarten. Na Therezópolis, os visitantes podem participar de uma visita guiada para conhecer a história da cerveja, além de aprender como se produz a bebida. Para quem tem interesse em tornar-se um Mestre Cervejeiro, há também curso com um dia de duração. Mais informações clique aqui.

Grupo Petrópolis: segunda maior cervejaria do Brasil, está espalhada com várias plantas (como são chamadas as fábricas de cerveja) pelo país, e Teresópolis possui uma planta de grande porte. Apesar de fugir do conceito de cervejaria artesanal, vale a pena fazer um tour para conhecer o processo em grande escala, agende seu passeio pelo site. Passar uma noite pela cidade é quase que obrigatório, porque o turismo também é movimentado pelas belezas naturais do local.

Seguindo a serra partimos para Nova Friburgo, cidade que não deixa nada a desejar para Petrópolis, pois em praticamente todo canto tem alguma cervejaria, e das boas! Por lá podemos ficar tranquilamente por uma semana ?. Lá encontramos a Barão Bier, primeira cervejaria artesanal legalizada de Friburgo, fica na parte alta da cidade em um lugar único, e é oferecido tour guiado pela cervejaria com Happy Hour e boa música. Geralmente tem barril de chope liberado para os participantes do tour com jantar exclusivo. Informe-se antes sobre datas e disponibilidade.

Vamos seguir para Lumiar, distrito pertencente à Friburgo, local perfeito para apreciar a natureza, com suas belas cachoeiras. No micro centro há vários restaurantes pequenos para saborear a tradicional pizza de mandioca ? e é nesse pequeno centro que está o descontraído bar da cervejaria Ranz Beer, lugar ideal para um happy hour ou lanche da tarde.

Na ocasião provamos entradas de brusquetas recheada com trutas da região, e para harmonizar com esse delicioso petisco não deixe de provar a cerveja Pale Ale Capineira, que leva ingredientes interessantes: capim Limão. Atenção ao horário de funcionamento do bar, pois não é muito extenso.

Voltando a Friburgo, no bairro de Mury, onde ficamos hospedados, encontramos, meio que sem querer, um bar aberto às “altas” horas da noite, e o que chamou minha atenção foi o nome do lugar: IPA Route 🙂 não tinha como não parar para provar uma IPA, e realmente o brew pub faz valer o nome! As cervejas são fabricadas localmente pela cervejaria Born2Brew, e é possível ver os fermentadores pelas grandes janelas de vidros.

Me recordo de ter provado duas brejas, sendo uma  Pumpkin Ale (cerveja de abóbora), muito saborosa e condimentada, com notas de canela, cravo e abobra, e como a noite por lá estava bem fria também resolvi provar a Double Ipa com rapadura. As duas cervejas realmente me surpreenderam, portanto a IPA Route com certeza é um lugar onde queremos voltar! Se estiver com mais tempo não deixe de conhecer as demais cervejarias da cidade: Bräun BräunjRock ValleyBürgermeisterTrês Picos.

Pegando a estrada novamente, vamos para a pequena e charmosa cidade de Santa Maria Madalena, que fica aproximadamente a 92 km de Friburgo. Essa cidadezinha tem um clima super agradável (simplesmente considerado o terceiro melhor clima do Brasil!), e fica praticamente dentro da mata atlântica, portanto se você gosta de natureza e tranquilidade, aconselho fortemente a ficar pelo menos 2 dias por lá.

Nossa dica de hospedagem é fazer reserva (com antecedência) na Pousada Verbicaro, e após a reserva entre em contato com o proprietário para agendar o espaço da churrasqueira, que fica na parte externa da pousada. O local é uma reserva privada, que costeia o Parque Estadual do Desengano.

Estivemos duas vezes na pousada, sempre fazendo um bom churrasco acompanhado da cerveja Artesanal Red Ale, feita pela cervejaria local BUZZI. Caso esteja frio indico provar os rótulos Rumbier e Bock, que são mais alcoólicos e podem ser consumidos em temperaturas mais baixas, o que ajuda a esquentar :-). A Propriedade da cervejaria é de 38 hectares e lá a produção segue alguns princípios de sustentabilidade. O local fica bem na entrada da cidade. Agende uma visita para conhecer.

Não deixe de conhecer outros lugares como a praça central da cidade, o mausoléu da grande Dercy Gonçalves e a famosa pedra do escorrega, no Parque Estadual do Desengano.

Vamos ficando por aqui, e na próxima viagem conheceremos o restante da rota cervejeira: Guapimirim, Cachoeira de Macacu.

Dica importante: Se beber, não dirija.

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