Um dia em Gibraltar

Quando estávamos viajando pelo sul da Espanha, na região de Andaluzia, resolvemos passar uma tarde em uma região bem peculiar da Europa, mas ainda não fazíamos ideia de como seria visitar o território ultramarino britânico: Gibraltar, que tem população aproximada de 35 mil habitantes, pertence à Inglaterra e é uma pequena península rochosa com área territorial de apenas 6,5 Km2, fazendo fronteira terrestre com a Espanha e oceânica com o mar que separa a Europa do continente africano.

Acesso

Nosso acesso foi por terra, ficamos receosos de como seria o processo de migração, mas foi bem tranquilo. Estávamos com um carro alugado de placa espanhola, portanto na migração espanhola passamos direto, quando chegamos na fronteira inglesa foi solicitado o passaporte para conferência e logo liberada nossa entrada.

Logo depois de entrar descobrimos que passaríamos por uma avenida que faz parte da pista do aeroporto, o que foi muito curioso, estávamos literalmente atravessando a pista do aeroporto com nosso carro (e se chegasse um avião???)… mas calma, quando os aviões aterrissam ou decolam a avenida é fechada por semáforos, então ninguém corre o risco de ser atropelado por alguma aeronave ?.

Para quem pretende passar um único dia na cidade e estiver de carro também é legal ir pela zona leste, assim dá para ver parte das cavernas, atravessar o rochedo e chegar no centro da cidade.

Passeio

Existem diversos passeios que podem ser realizados, os considerados principais são: Rochedo de Gibraltar, Caverna de São Miguel, Moorish Castle e Gibraltar Nature Reserve.

Como tínhamos pouco tempo resolvemos fazer o principal passeio e optamos em conhecer o Rochedo de Gibraltar também conhecido como The Rock of Gibraltar ou Coluna de Hércules.

É um rochedo com 427 metros de altitude, então subimos pelo teleférico que sai do centro da cidade (ao lado existe um estacionamento público).

O preço do ingresso não é nada agradável para quem está com o orçamento limitado, cada trecho custa aproximadamente 15 libras, ida e volta sai por 30 libras, mas pra quem tem pouco tempo ou mobilidade limitada é a melhor forma de chegar ao topo.

Dica

Para quem tem mais tempo e disposição dá para subir de teleférico e descer a pé, pois no trajeto de descida ainda existem outros passeios.

A subida de bondinho dura cerca de 6 a 8 minutos, tempo em que podemos admirar uma vista excepcional! O rochedo faz parte de uma reserva natural, onde vivem cerca de 250 macacos-de-gibraltar (Macaca sylvanus), único membro do gênero Macaca que vive fora da Ásia, e curiosamente são os únicos macacos selvagens da Europa.

Chegando ao topo da rocha já nos deparamos com os macacos, alguns com cara de rabugentos, outros (literalmente) pousando para as fotos, são muitos e estão por todo o lado… mas cuidado! Não podemos esquecer que são animais selvagens e não devemos tocá-los, além disso são danadinhos e gostam de roubar comida e bolsas, podem pegar e sair correndo!

A vista lá de cima é sensacional, dá para ver toda a cidade. Gibraltar é limitada pelo Mar Mediterrâneo no estreito de Gibraltar e pela baía de Gibraltar já no atlântico, então em dias bem claros (nosso caso ?) é possível ver o continente africano do topo da montanha.

Realmente o lugar é único e magnífico, afinal onde mais daria para tirar uma foto estando em solo europeu com a vista da África ao fundo?!


Mirante The Rock of Gibraltar

Ficamos lá cerca de duas horas, após a descida partirmos para o centro da cidade, queríamos saber quais eram as opções de compra pois descobrimos que Gilbratar é uma zona franca, livre de impostos (coisa boa).

Fomos para um mercado comprar umas guloseimas, perguntamos onde ficava algum shopping e depois de certa dificuldade (não nos entendemos bem com o inglês britânico) soubemos que as lojas estavam fechadas (era domingo ?).

Depois partimos para “casa” (estávamos hospedados num hostel em Málaga). Nos arrependemos por não ter dado uma volta na praia, lá de cima do rochedo parecia tão linda e quentinha…. mas pretendemos voltar algum dia para passar muito mais tempo no lugar e presenciar os aviões pousando na rua, andar nas trilhas, cavernas e dormir pelo menos uma noite na cidade para conhecer a cultura local, afinal Gilbratar foi um dos lugares que nos deixou com gostinho-de-quero-mais!

 

 

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